O presidente Lula promete insistir até o fim para conseguir a aprovação do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Discutido há mais de 20 anos, o tratado de livre-comércio é visto com ressalvas pelos europeus, que temem perda de competitividade no setor do agronegócio.
Após a negativa do presidente da França na COP-28, em Dubai, o brasileiro disse que vai buscar apoio de outros chefes de Estado. No fim de semana, Emmanuel Macron criticou o acordo, e o classificou como "antiquado e contraditório".
Ontem (4), durante agenda em Berlim, Lula pediu ajuda ao chanceler alemão para dialogar com Macron e o presidente eleito na Argentina, Javier Milei. Olaf Scholz reiterou a posição brasileira e disse que o acordo é um "grande passo" para a cooperação entre os blocos.
Ainda em Berlim, Lula firmou 19 acordos com autoridades alemãs em áreas como energia, clima, cooperação financeira e saúde. Após anos de distanciamento, o presidente espera por mais investimentos da Alemanha no Brasil.
O acordo de livre-comércio também foi objeto de debate na Cúpula Social do Mercosul, que acontece no Rio de Janeiro.