As montadoras brasileiras vão pedir ao governo federal a volta da cobrança de impostos sobre veículos elétricos importados.
Desde 2015, carros 100% elétricos são isentos de tributos; já os híbridos tiveram a taxa reduzida de 35 para até 7%.
O objetivo era forma de permitir a entrada dessas tecnologias no país.
Segundo a associação que representa o setor, a participação desses veículos na América Latina, em especial chineses, saltou de 4,6 para mais de 21% em dez anos.
No mesmo período, a presença da indústria brasileira nesse mercado diminuiu para 19,4%.
A Anfavea defende a elevação imediata da tributação para 35%, com sistema de cotas para permitir a transição para empresas que pretendem ter fábricas no Brasil.
Na prática, a prática levaria a uma limitação da entrada de veículos importados no Brasil.
O presidente da entidade, Márcio Lima, explica que a ideia é que a volta do imposto de importação seja gradual.
Representantes da Anfavea devem se reunir na semana que vem com integrantes do governo, em Brasília, para discutir o assunto.
Nos últimos dois meses, grandes fabricantes chinesas anunciaram planos de produção de veículos no Brasil a partir do ano que vem.
A Great Wall Motors prepara uma fábrica nas instalações compradas da Mercedes-Benz, no interior de São Paulo.
Já a BYD deve iniciar a produção em Camaçari, na Bahia, onde funcionava uma planta da Ford, que deixou de montar veículos no Brasil.