Nunes diz que pressionou autoridades por investigações sobre ônibus há dois anos

Prefeito de SP esteve na Rádio Bandeirantes como último convidado da rodada de entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura da cidade

Da Redação

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que pediu há dois anos que as autoridades investigassem a relação das empresas de ônibus da cidade com o crime organizado. 

Ele esteve nos estúdios da Rádio Bandeirantes nesta sexta-feira (26) para a segunda rodada de entrevistas com os principais pré-candidatos à Prefeitura da maior cidade do país. Também foram entrevistados Marina Helena (Novo), Guilherme Boulos (Psol) e Tabata Amaral (PSB)

“Essa investigação começou há quatro anos e fui eu, Ricardo Nunes, eu prefeito de São Paulo, eu, Ricardo Nunes, que determinei que a procuradora-geral do município chamado Marina Magro, que o controlador-geral do município, chamado Daniel Falcão, fossem até o Ministério Público há dois anos e pedissem ao Ministério Público que agilizassem as investigações”, afirmou Nunes. 

No início deste mês, o Ministério Público investiu contra as empresas Transwolff e UPBus, que atuam nas zonas leste e sul da cidade de São Paulo. As empresas foram acusadas de serem usadas para a lavagem de dinheiro do PCC. 

Segundo as autoridades, as investigações duram quatro anos. Nunes afirmou que não sabia dos detalhes das investigações quando fez o pedido em 2022, sendo informado apenas quando a operação foi deflagrada em 2024. 

O prefeito ainda destacou que a questão das empresas de ônibus começou ainda na gestão de Marta Suplicy (PT), vice do candidato Guilherme Boulos (Psol) e secretária de Relações Internacionais na Prefeitura durante a gestão Nunes. 

“Esse processo começou em 2003. Vocês sabem muito bem que era a prefeita da época. Quem assinou os contratos em 2003 emergenciais que trouxe as cooperativas para dentro do sistema. Esse contrato foi sendo renovado por emergência”, disse. 

Sobre os contratos com as empresas investigadas, Nunes afirmou que a Prefeitura não pode revisar o acordo enquanto as investigações estão em andamento. 

Vice

Sobre o próprio vice. Nunes disse ainda não ter um nome definido. Ele também negou que o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União), seja o favorito. 

Na última quinta-feira (26), Leite disse estar em campanha para compor a chapa de reeleição do atual prefeito. 

“Hoje é o favorito. Não não é o favorito. É bom nome, é um nome eh de um partido importante. É uma pessoa importante, a qual eu eh reconheço todo o trabalho que desenvolve na Câmara. Eu consegui votar tudo que eu quis. Eu consegui elevar a cidade para um patamar pelo apoio dos vereadores. Os vereadores foram muito parceiros. Agora, os outros nomes são importantes”, disse Nunes.

Moradores de rua

Sobre a crise de moradores de rua enfrentada por São Paulo, Nunes afirmou que a cidade conseguiu reduzir a população nesta situação de 10 mil para 5 mil com a ampliação dos abrigos. Mesmo assim, admite que o caso é de difícil solução. 

“Resolver 100%, não. Tem gente que não quer sair da rua. Não é um número grande, mas a gente tem pessoas que tem algumas situações de problemas mentais, problemas de saúde. Você tem eh situações de que as pessoas eh vêm para cá e às vezes tem algum envolvimento com a questão de uso de abusivo de álcool e droga dos nossos abrigos”, afirmou.

“Melhores quatro anos”

Questionado sobre o que pretendente fazer caso reeleito, o atual prefeito afirmou que São Paulo terá os “melhores quatro anos da história da cidade” em uma segunda gestão. Segundo ele, as medidas de recuperação fiscal e o fim dos problemas causados pela pandemia de Covid-19 farão com que possa investir em serviços. 

Por que a gente vai ter os melhores quatro anos? Porque foi importante ajustar a questão das Finanças



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