Com as eleições para a presidência da Câmara e do Senado, que ocorrem no próximo sábado (1º) praticamente definidas, o pleito deve ter como atração principal os “15 minutos de fama” dos candidatos da oposição, na avaliação do Fernando Schüler, colunista do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.
Hugo Motta (Republicanos-PB) deve ter uma vitória expressiva na Câmara, enquanto Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) deve voltar ao comando do Senado.
“Quando a oposição na última eleição lançou Rogério Marinho, ele tem lá os seus 15 minutos de fama. Então vai ter os seus 15 minutos de fama, no dia seguinte ninguém se lembra do discurso”, disse Schüler.
Os partidos que não tem nada para negociar, como, por exemplo, o PSOL e o Partido Novo, é lógico lançar candidatura, porque daí vale mais os 15 minutos de fama do que nada
Tanto PL quanto PT devem apoiar os favoritos ao pleito, ao lado do Centrão, com isso, o duelo de negociação fica pelos outros cargos em disputa nas mesas diretoras e comissões. O PL deve emplacar o primeiro vice do Senado, enquanto o PT deve ter o primeiro secretário na Câmara.
“Para o PL, por exemplo, faz diferença ter a comissão de educação com o Nikolas Ferreira, ou a CCJ da Câmara? Óbvio que faz diferença, porque pode convocar ministros, porque tem poder de mídia, pauta questões importantes e tal.”, disse o colunista.
Resta saber como será o mandato dos vencedores do Congresso, sucedendo dois dos presidentes mais poderosos da história da redemocratização. Eles terão que lidar com a pressão da oposição para pautar a anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro e os impasses com o STF.
“Obviamente, Hugo Mota, nem Davi Alcolumbre vão tocar para frente essas pautas. Na negociação, entra um ponto mais sutil: não vetar rigorosamente essas pautas, deixar que tramitam de alguma maneira. Tem um jogo nesse processo todo”, avaliou Fernando Schüler.
