Milhares de pacientes com câncer foram prejudicados após a suspensão da produção de remédios para o tratamento da doença por parte do IPEN.
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, produz cerca de 85% dos radiofármacos disponibilizados no país.
Após um corte de 46% do orçamento de 2021, o órgão teve que paralisar a produção dos medicamentos por dez dias em setembro por falta de verba federal.
Mesmo depois do governo ter liberado 82 milhões de reais para garantir a produção até o fim do ano, o impacto da paralisação dos trabalhos ainda afeta a vida dos pacientes.
Pessoas que precisam do iodo para o tratamento do câncer da tireoide, assim com a Regiane, sofrem com o desabastecimento do insumo nos hospitais e clínicas no país.
O diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Gustavo do Vale Gomes, afirma que a distribuição do medicamento será retomada na terceira semana de novembro.
No último dia 18, o IPEN paralisou a produção do gerador de tecnécio por causa dos prazos com os produtores internacionais para o envio de insumos.
De acordo com o órgão, a distribuição do medicamento utilizado para o diagnóstico do câncer deverá ser normalizada no mês que vem.