A Petrobras afirma que não vai conseguir atender a todos os pedidos de combustíveis em novembro e as distribuidoras temem desabastecimento.
A estatal alega ter sido surpreendida com o volume de pedidos.
No caso do diesel, por exemplo, houve um aumento de 20% em relação a 2019, antes da pandemia.
A associação que representa cerca de 40 distribuidoras no país alega que a negativa da Petrobras acende o sinal de alerta para uma possível falta de combustíveis.
As distribuidoras são autorizadas, por lei, a comprar direto no mercado internacional.
Porém, mesmo com todos os aumentos este ano, o preço praticado pela Petrobras ainda é cerca de 20% mais baixo que no exterior.
Nos bastidores, as empresas do setor pressionam o governo para que a estatal importe o combustível e revenda a um preço mais baixo, com prejuízo na operação.
O Brasil é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, com o nono maior parque de refino.
Mesmo assim, ainda é necessário importar cerca de 20% de todo o combustível consumido no país.