PF e GSI disputam pela responsabilidade da proteção pessoal de Lula

Da Redação

PF e GSI disputam pela responsabilidade da proteção pessoal de Lula
Presidente Lula
Foto: Agência Brasil

 A Polícia Federal e os militares do Gabinete de Segurança Institucional estão em disputa pela responsabilidade de quem vai cuidar da proteção pessoal de Lula.

Desde o primeiro dia deste ano, o trabalho é feito pela Secretaria Extraordinária de Segurança do Presidente, criada por decreto.

Mas o órgão tem, no entanto, data para acabar: 30 de junho.

A Polícia Federal passou a fazer a segurança direta de Lula e quer manter esse formato.

Já o Gabinete de Segurança Institucional pretende retomar o modelo anterior, quando o órgão militar cuidava de todas etapas da proteção do chefe do Executivo.

O trabalho é feito em três camadas.

Duas são comandadas pelo GSI - a mais distante, organiza a proteção nas viagens e fora dos palácios; já a intermediária administra os cuidados no Planalto e no Alvorada.

A mais próxima - a pessoal - está hoje com a PF, que prepara um estudo para apresentar a Lula na tentativa de manter o espaço.

O argumento principal é que a presença de militares no dia a dia das decisões políticas - acompanhando intimamente o presidente - é um desvirtuamento.

E pode comprometer a estrutura democrática e institucional.

Em entrevista exclusiva à Band, o novo ministro do GSI, general Marcos Amaro, defendeu os militares na segurança de Lula.

O general Amaro falou também sobre os atos de 8 de janeiro e disse que as falhas na segurança no dia não foram culpa apenas no GSI.

Ele destacou que vai acompanhar de perto a investigação interna sobre os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

O novo ministro do GSI, general Marcos Amaro, prometeu ainda tomar medidas para aumentar a segurança do Planalto.

Uma das possibilidades é a colocação de vidros blindados no Palácio.

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