O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, ainda vai definir a data da posse do novo ministro da Corte.
A indicação de André Mendonça foi aprovada nesta quarta-feira pelo plenário do Senado.
Foram 47 votos a favor da indicação dele e 32 contrários - apenas seis a mais do que o necessário.
Após o resultado, Mendonça destacou o significado da escolha dos parlamentares.
A sabatina de André Mendonça ocorreu após quase cinco meses de espera - a mais longa já imposta a um candidato pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
E só ocorreu após muita negociação entre o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, e o chefe da CCJ, Davi Alcolumbre.
Ex-ministro da Justiça e ex-advogado geral da União, ele é pós-graduado em direito pela Universidade de Brasília e pastor da Igreja Presbiteriana.
Mendonça foi indicado em julho para substituir Marco Aurélio Mello após a promessa de Jair Bolsonaro de colocar um ministro terrivelmente evangélico na Corte.
Aos senadores, ele deixou claro que é a favor do estado laico, que é a separação entre política e religião.
André Mendonça evitou embates e críticas a Bolsonaro e conseguiu responder com calma a todas as questões.
Até mesmo as mais polêmicas, como a do senador capixaba Fabiano Contarato, da Rede, que é homossexual.
Sobre delações premiadas, tema muito presente nos tribunais e nos julgamentos de políticos e empresários, André Mendonça acenou ao anti-lavajatismo.
Para o colunista da Rádio Bandeirantes e cientista político, Fernando Schüler, o fato de Mendonça ter tentado se descolar da imagem Bolsonaro ajudou na aprovação.
Em nota, o presidente do STF, Luiz Fux, disse que André Mendonça domina os temas e procedimentos da Corte.