A prefeitura de São Paulo anunciou que apreendeu 21 motos que prestavam serviço para a 99 táxi. Segundo o poder executivo, a empresa contraria a legislação municipal, as decisões judiciais e oferece a modalidade na capital paulista.
O gabinete chefiado por Ricardo Nunes (MDB) entrou com ação pedindo multa diária, responsabilização dos representantes da empresa e dano moral coletivo. Isso porque a 99 não cumpriu a segunda notificação enviada pela prefeitura que exigia a suspensão do serviço em 24h.
O serviço continua e, segundo a empresa, foram 50 mil corridas desde terça-feira (14), nos bairros de Guaianases, Capão Redondo, Jaguaré e Tucuruvi. O prefeito Ricardo Nunes disse que enviou um ofício para o consulado da China, para cobrar medidas, já que a empresa é chinesa.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes na quinta-feira (17), Ricardo Nunes afirmou que a 99 é "uma empresa assassina que só pensa em lucro". "Está desconsiderando o risco de vida das pessoas. Ela sabe o risco que está gerando, o que está ocasionando, se tem acesso ao prefeito, eles têm consciência do risco à vida", disse Ricardo Nunes.
Segundo o prefeito da capital paulista, estudos já foram feitos e mostram que é inviável o serviço de mototáxi em São Paulo. "A gente não pode admitir isso, estamos abertos ao diálogo, em 2023 abrimos um grupo de trabalho com a 99, a Uber e a conclusão foi que não era possível a atividade", pontuou.
Confira o trecho em que Ricardo Nunes fala sobre a 99 táxi:
99 se pronuncia sobre mototáxi em São Paulo
Em nota, o aplicativo de transportes informou que entrou com pedido de mandado de segurança para proteger direitos da empresa, passageiros e motociclistas. “A 99 esclarece que a Prefeitura pode regulamentar a atividade com regras específicas para a localidade, mas não pode proibir uma categoria que é permitida por uma legislação federal”, diz a nota.
“Esse entendimento é corroborado por 20 decisões judiciais em todo o Brasil. A companhia segue aberta ao diálogo com a Prefeitura para colaborar com uma futura regulamentação que esteja dentro da competência do Poder Municipal, como sempre estivemos”, completa.
Segundo a empresa, a modalidade pode reduzir o tempo gasto no trânsito em 41% e economia de R$2,5 mil anuais em custos de mobilidade.