O presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde considera impossível fiscalizar a quarentena de quem chega ao Brasil sem comprovante de vacinação.
Carlos Lula critica a portaria do governo federal que estipulou novas regras para os estrangeiros e brasileiros que desembarcarem no país a partir deste sábado.
Além de exame negativo, passageiros vacinados terão que preencher a declaração de saúde do viajante e apresentar o comprovante de vacinação.
Todos deverão ter recebido a segunda dose há, no mínimo, 14 dias.
Quem não estiver imunizado precisará apresentar um teste negativo para a covid, informar o endereço de destino e fazer uma isolamento de cinco dias.
Depois desse período, será necessário um novo exame.
A fiscalização da quarentena será feita pelos municípios, que terão autonomia para fazer o monitoramento por telefone ou presencialmente.
Na prática, o presidente do Conass, Carlos Lula, considera esse acompanhamento impossível.
O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antônio Barra Torres, admite que as novas regras não são à prova de fraudes, mas confia nas medidas:
Um dos fundadores da Anvisa, Gonzalo Vecina Neto considera inócua a decisão do governo de determinar quarentena aos não vacinados.
Além das dificuldades para se impor uma fiscalização, o médico sanitarista lembra que não há uma sanção para os viajantes que não cumprirem o isolamento.
As regras para as fronteiras terrestres são mais flexíveis.
O viajante precisa apresentar apenas um teste negativo para covid ou o comprovante de vacinação, sem exigência de quarentena.