O presidente do Equador, Guillermo Lasso, dissolveu o parlamento e antecipou as eleições presidenciais e legislativas do país.
Conhecido como “morte cruzada”, o dispositivo acionado por Lasso é previsto na constituição equatoriana e encurta os mandatos de todos os eleitos nas eleições federais de 2021.
A medida ocorre logo após propostas de impeachment circularem pela casa legislativa.
Lasso, economista e ex-banqueiro, chegou à presidência em pleito marcado por contestações do resultado das urnas e com pouco apoio no congresso equatoriano.
Eleito com 52% dos votos, o presidente conseguiu eleger apenas 12 dos 137 representantes do parlamento nacional.
Com o governo marcado por forte oposição, Lasso tentou driblar o parlamento por meio de referendos populares. Em fevereiro, todas as 8 propostas do governo foram recusadas pela maioria dos eleitores, aumentando a pressão sobre Lasso.
Agora, o presidente governa via decreto e o país espera a comissão eleitoral escolher uma data para o pleito.