Presidente do Equador dissolve parlamento e antecipa eleições do país

Sem apoio do congresso, Guillermo Lasso ativou dispositivo conhecido como “morte cruzada”

Luiz Felipe Nunes

Presidente do Equador dissolve parlamento e antecipa eleições do país
Presidente do Equador dissolve parlamento e antecipa eleições do país
Reuters

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, dissolveu o parlamento e antecipou as eleições presidenciais e legislativas do país.

Conhecido como “morte cruzada”, o dispositivo acionado por Lasso é previsto na constituição equatoriana e encurta os mandatos de todos os eleitos nas eleições federais de 2021.

A medida ocorre logo após propostas de impeachment circularem pela casa legislativa.

Lasso, economista e ex-banqueiro, chegou à presidência em pleito marcado por contestações do resultado das urnas e com pouco apoio no congresso equatoriano. 

Eleito com 52% dos votos, o presidente conseguiu eleger apenas 12 dos 137 representantes do parlamento nacional.

Com o governo marcado por forte oposição, Lasso tentou driblar o parlamento por meio de referendos populares. Em fevereiro, todas as 8 propostas do governo foram recusadas pela maioria dos eleitores, aumentando a pressão sobre Lasso.

Agora, o presidente governa via decreto e o país espera a comissão eleitoral escolher uma data para o pleito.

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