O ator Mateus Solano, entrevistado por Danilo Gobatto, no programa 'Do Bom e Do Melhor', da Rádio Bandeirantes, neste sábado (8), afirmou que o todo o processo de preparo para a estreia de seu primeiro monólogo no teatro foi "muito rico"
Em “O Figurante”, em cartaz no Teatro Renaissance, em São Paulo, o público acompanha a rotina de Augusto, um figurante que luta para encontrar a si próprio em meio a um dia a dia pobre de sentido, que o mantém num lugar muito aquém da sua potência como ser humano.
Ao decidir por um monólogo, Solano conta que buscou ajuda com amigos que já ficaram sozinhos em cena.
Faço teatro desde 1996, mas eu nunca aprendi tanto e tão rápido como agora em um monólogo. Não tenho como fugir de mim, dos meus vícios. É um trabalho muito solitário, mas muito importante
O solo reflete sobre a dificuldade de se conectar com a própria essência e sobre os desafios de assumir o controle da própria narrativa.
"Foi um processo muito rico e que deu numa peça que, além de ser muito divertida, tem esse trabalho de corpo e essa profundidade. As pessoas saem com a pulga atrás da orelha", disse o ator.
Augusto é um figurante dedicado, experiente e acostumado a servir em produções audiovisuais, e vive uma rotina previsível como se fosse figurante de sua própria história.
Aos poucos, ele vai despertando e questionando a importância de seu trabalho e de sua vida. Como ressignificar sua existência?
"Eu queria fazer um monólogo e dizer certas coisas. Foi um processo de procura do que dizer e como botar pra fora", disse o ator sobre interpretar Augusto.
Na entrevista, o ator relembrou também os personagens marcantes na televisão, como quando interpretou Ronaldo Bôscoli na minissérie “Maysa - Quando Fala o Coração”, os gêmeos Jorge e Miguel em “Viver a Vida”, Mundinho Falcão em “Gabriela”, e o vilão Félix da novela “Amor à Vida”.