O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recua e afirma não ser possível decretar o fim da pandemia de Covid-19 no Brasil.
A decisão contraria o presidente Jair Bolsonaro, que havia indicado que a mudança do status da doença para endemia poderia acontecer ainda em março.
Segundo o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, o rebaixamento da condição não é competência do Ministério da Saúde.
O decreto de "situação de emergência nacional" foi instituído em fevereiro de 2020, com a detecção dos primeiros casos da Covid-19 no país.
Apesar dos atuais números positivos, Marcelo Queiroga lista três pontos que ainda precisam ser resolvidos.
O último fator citado por Queiroga teve um avanço significativo ontem, já que a Anvisa aprovou o uso emergencial do remédio antiviral Paxlovid.
O medicamento é indicado para adultos e crianças a partir de 12 anos que tenham testado positivo para Covid-19 e apresentem risco de progressão para casos graves.
Estudos indicam que o remédio do laboratório Pfizer reduz em 89% o risco em adultos vulneráveis.
Já a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao SUS - a Conitec - deu aval para o uso do primeiro medicamento para tratar a doença.
O Baricitinibe é usado em casos de artrite reumatoide e pode ser aplicado em pacientes adultos com covid, hospitalizados e que necessitam de apoio de oxigênio.