Repórter aéreo da Band foi 1º a chegar ao local após desconfiança por comunicação da torre

Robson Ramos, do Grupo Bandeirantes, diz que visualizou fumaça do King Air F90 enquanto trazia informações do trânsito

Robson Ramos, repórter aéreo do Grupo Bandeirantes, foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local do acidente. Ele contou que a torre de controle tentou contato pelo menos duas vezes com a aeronave que caiu na Barra Funda após o acidente. O King Air F90 sofreu uma queda na Avenida Marquês de São Vicente na manhã desta sexta-feira (7) logo após decolar do Campo de Marte. 

Ramos conta que a Band foi a primeira equipe a chegar no local, após ele e o piloto avistarem a coluna de fumaça. "Decolamos e a gente ia até a Marginal Tietê no Sambódromo porque tinha acontecido um acidente, estávamos indo até lá e no caminho o nosso piloto viu a fumaça e decidiu ir até lá averiguar", contou. 

O repórter conta que a descoberta da gravidade do acidente ocorreu após o piloto informar a aproximação com o Campo de Marte. "Precisamos sempre alertar da aproximação, então a torre tentou contato com uma aeronave que havia decolado por duas vezes, perguntou se tivemos contato visual com alguma aeronave e dissemos que não", relembrou. 

Ele e o piloto chegaram a pensar que poderia ser lixo, ou um carro pegando fogo. "Mas o fogo era muito maior do que essas situações, era uma área muito grande, não dava para ver o que estava no meio do fogo, até pensamos que era um ônibus, um protesto e bloqueiam a via", afirmou. 

O acidente aéreo na Zona Oeste de São Paulo ocorreu às 7h25 da manhã da sexta-feira (7). O avião fabricado pela Beechcraft atingiu a traseira de um ônibus e um ponto de ônibus. O piloto e o dono da aeronave morreram no acidente e outras seis pessoas foram atingidas em solo e socorridas pelas equipes de resgate no local. 

Quem eram as vítimas da queda do avião em SP?

Gustavo Medeiros estava no avião com o advogado Márcio Carpena, que se formou na mesma faculdade e atuou como professor licenciado na instituição. Ele também morreu. 

Márcio Carpena havia comprado o avião em dezembro de 2024. Pouco antes do acidente, Carpena publicou nas redes sociais uma foto da aeronave pronta para decolar, dizendo que iria de São Paulo a Porto Alegre. 

Carpena deixa esposa e três filhos. Além de advogado, ele publicava vídeos e conteúdos sobre desenvolvimento pessoal. Ele era sócio da Carpena Advogados, que trabalhava com direito empresarial e fazia consultoria jurídica em âmbito nacional.

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