Reservas na Margem Equatorial podem resolver problemas do país, diz ex-ministro da Defesa

Em entrevista ao Jornal Gente, Aldo Rebelo defendeu a exploração da região e afirmou que a Margem Equatorial brasileira é maior do que a da Guiana

DA REDAÇÃO

O ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo afirmou, em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, que a exploração das reservas de petróleo e gás na Margem Equatorial brasileira poderia resolver os problemas do país.  

"A nossa Margem Equatorial é muito maior, por exemplo, do que a da Guiana. Há uma reserva de petróleo e gás que pode resolver o problema do nosso país. A margem da Guiana já está sendo explorada e já acumula reservas de 11 bilhões de barris de petróleo. A imprensa internacional chama a Guiana de 'nova Dubai'", disse Rebelo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por demora para aprovação de estudo para iniciar as explorações na Margem Equatorial.  

"O que acontece na Amazônia brasileira, no Amapá e na chamada Margem Equatorial é o exercício de um governo paralelo. Não é o governo federal, dos estados e dos municípios. É o governo das ONGs financiadas pelo exterior com grande presença dentro das corporações do Estado brasileiro", disse Rebelo

Lula chamou a situação de "lenga-lenga". "Se depois a gente vai explorar, é outra discussão. O que não dá é para a gente ficar nessa lenga-lenga, com o Ibama sendo um órgão do governo e parecendo ser contra o governo", afirmou o presidente em entrevista a uma rádio de Macapá nesta quarta-feira (12).

Para Rebelo, as ONGs decidiram "que a Amazônia deve ser imobilizada e que não deve ser usado para enriquecer o país, seja com a fronteira mineral, seja na Margem Equatorial".

Na entrevista, Lula afirmou que a Casa Civil deve ter uma reunião até a próxima semana com o Ibama para discutir o aval para essas pesquisas.  

"Lula se depara com o estado assistencial em contraponto com o estado empreendedor, que pode abrir caminho para o desenvolvimento da economia. A cadeia de petróleo e gás mobiliza a economia como um todo e é isso que está sendo proibido", avaliou Rebelo.  

Segundo o ex-ministro da Defesa, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, indicado por Lula, "até hoje não sabe nem onde fica o Amapá".

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