RS: "Não admitiremos interferência política", diz vice-governador sobre Pimenta

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Gabriel Souza analisou a indicação de Paulo Pimenta para atuar como ministro no RS e disse esperar "relação republicana"

DA REDAÇÃO

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta sexta-feira (17) que o governo do estado não vai admitir interferências políticas no processo de recuperação e monitoramento dos locais atingidos pelas enchentes.  

A declaração acontece após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomear nesta quarta o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, como ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.  

Ao comentar a indicação do ministro de Lula, o vice-governador afirmou que "as pessoas que foram escolhidas para liderar o Rio Grande do Sul nos seus desafios e complexidades foram eleitas nas eleições de 2022 e o líder desse processo é o governador Eduardo Leite".  

Souza diz esperar que uma "relação republicana" entre o governo do RS e o governo federal em prol do momento enfrentado pelo estado. "Para nós está muito claro e não me parece que haverá qualquer divergência nesse sentido porque não tem cabimento. Nós esperamos que o governo federal tenha uma relação republicana, de cooperação federativa. O método que o governo está escolhendo é o que ele tem prerrogativa para decidir".  

"Nós não admitiremos, obviamente, nenhum tipo de interferência política e ideológica ou algo que venha a atrasar ou retardar o processo de reconstrução do estado. Eu tenho muita confiança de que as pessoas têm bom senso. E não há nenhum tipo de ação que possa nos gerar críticas em relação ao relacionamento do governo federal com o estado até o momento", disse o vice-governador.  

Chuvas no RS: números atualizados

  • Número de mortos na tragédia no RS sobe para 154.
     
  • São 98 pessoas desaparecidas.
     
  • 806 pessoas estão feridas.  
     
  • De acordo com a Defesa Civil, 78.165 pessoas estão em abrigos e 540.192 estão desalojadas. 
     
  • No total, 461 municípios e 2.281.830 pessoas foram afetados pela tragédia.
     
  • 82.666 pessoas e 12.108 animais já foram resgatados pelas equipes.

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