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Saiba como fica "saidinha" de presos após derrubada de veto de Lula no Congresso

Medida tem validade imediata; secretário de Segurança Pública de São Paulo diz que polícias estão preparadas para agir em caso de rebelião

Da redação

Saiba como fica "saidinha" de presos após derrubada de veto de Lula no Congresso
Grasiele Gerondi/Band Vale

Conhecida como "saidinha", a saída temporária de presos voltou a ser proibida nesta terça-feira (28), após o Congresso derrubar vetos da Presidência da República.

Com isso, não há mais saída de sete dias em feriados para presos que tinham o benefício. A proibição também muda o uso de tornozeleiras eletrônicas, que antes eram usadas por detentos em regime semiaberto e passam a fazer o monitoramento apenas daqueles em regime aberto (veja abaixo o que muda).

Saídas de feriado  

  • Antes: presos que recebiam o benefício da saída temporária de feriados ficavam 7 dias longe das penitenciárias.
  • Agora: não há mais essa possibilidade.  

Progressão de regime

  • Antes: bom comportamento permitia progressão do fechado para o semiaberto  
  • Agora: equipe multidisciplinar avalia o detento para então permitir progressão de regime fechado para semiaberto ou de semiaberto para aberto.

Monitoramento com tornozeleira

  • Antes: Tornozeleira era usada em detentos do regime semiaberto durante as saídas temporárias.
  • Agora: Serão usadas para monitoramento de presos que estão em regime aberto.

Validade imediata

A lei, que já foi aprovada em ambas as casas do Congresso, entrará em vigor imediatamente, o que significa que na próxima data prevista para saídas temporárias, os presos não mais usufruirão desse benefício.

Em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, acredita que a proibição da saída temporária de presos não provocará rebeliões no sistema carcerário e, se houver, as polícias estão monitorando e preparadas para agir.  

Segundo ele, o sistema prisional de São Paulo está preparado para lidar com a nova legislação, que eliminará as cinco saídas temporárias anuais, beneficiando cerca de 35 mil presos a cada vez.

Para Derrite, o preso que recebia esse tipo de benefício já está no regime semiaberto e não provocará revolta por querer cumprir pena no regime aberto.

"Mas não vamos abaixar a guarda, os serviços de inteligência estão atentos e monitorando caso haja algum indício (de rebelião) Se acontecer, as polícias estão preparadas", disse o secretário.

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