O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deve sair hoje do Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região Metropolitana do Rio.
Ele foi beneficiado por uma decisão do Supremo e cumprirá prisão domiciliar em um apartamento da família, em Copacabana. De acordo com o ministro Gilmar Mendes, por mais graves que sejam as acusações, nenhum cidadão pode permanecer indefinidamente submetido à medidas processuais extremas. Além disso, há decisões de outros processos que determinam que Cabral permaneça em casa, explica o advogado do político, Daniel Bialski.
Cabral cumpre pena de 425 anos por corrupção, fraude em licitações e recebimento de propina. As acusações dizem respeito ao período em que o polítco exerceu o cargo de governador, entre 2007 e 2014.
Enquanto esteve preso, Cabral foi acusado de receber regalias, como um pedido de entrega de comida árabe no valor de mil e quinhentos reais e ter acesso à celulares. Por causa disso, o político chegou a ser transferido de unidade prisional em maio, mas retornou no mês seguinte por uma determinação da Justiça.
A mãe do ex-governador esteve no último sábado na prisão para visitar o filho. Ela se queixou do tempo em que Cabral permaneceu encarcerado. Apesar de ganhar o direito de deixar a prisão, Cabral não foi absolvido de todas as acusações e deve continuar respondendo à Justiça.