Setor agrícola encontra dificuldades para comprar potássio como fertilizante

Chris Panvechi, da redação

Setor agrícola encontra dificuldades para comprar potássio como fertilizante
Setor agrícola encontra dificuldades para comprar potássio como fertilizante
Reprodução/Internet

O setor agrícola tem enfrentado dificuldades para comprar potássio usado como fertilizante em diversas culturas.

Maior produtor de soja no mundo, o Brasil consome cerca de 18% de todo mineral, que é essencial para aumentar o resultado da colheita no campo.

A extração nacional ainda é pequena - 96% do produto usado aqui no país são importados.

O problema é que o mercado internacional vive uma crise e isso gera preocupação para a safra do ano que vem.

Responsável por ¼ das vendas de potássio, Belarus sofre com sanções comerciais.

Já a China, outro importante produtor, está segurando as exportações para garantir o abastecimento do mercado interno.

Com isso, os preços dispararam 200% só neste ano; o produtor de café Fernando Barbosa já projeta problemas.

A solução está no próprio subsolo brasileiro; a bacia do Amazonas tem mais de 3 bilhões de toneladas do minério.

Só a reserva de Autazes, a 110 quilômetros de Manaus, por exemplo, poderia suprir 25% da demanda nacional pelo cloreto de potássio.

Em 2010, empresas canadenses e amazonenses assinaram um contrato de quase 2 bilhões de reais em um projeto para erguer um complexo de exploração na região.

Mas uma ação do Ministério Público Federal revogou a concessão porque a reserva está numa encruzilhada de terras indígenas, afirmou o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo.

Em Minas Gerais, o processo de extração avançou.

Segundo o diretor da Terra Brasil, Eduardo Duarte, a empresa vai explorar fosfato e potássio na região de Patos de Minas e Presidente Olegário a partir de 2025.

A expectativa da Terra Brasil é retirar do solo dois bilhões de toneladas de potássio.