"Setor não faz queima para colher cana-de-açúcar há 10 anos", diz presidente de associação

Segundo Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia, mais de 234 mil hectares do plantio foram afetados pelo fogo; prejuízo pode afetar preço do etanol

Da redação

O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi, afirmou em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, nesta quinta-feira (19) que as incêndios pelo Brasil queimaram mais de 234 mil hectares de cana-de-açúcar. O prejuízo impacta na oferta do produto ao mercado e uma possível alta do etanol é cogitada.

"O fogo tem causado danos importantes para a economia brasileira, para o meio ambiente e para qualidade do ar. Mais de 234 mil hectares de canaviais foram queimados, mas podemos supor que esse número cresceu de maneira substancial", disse Gussi. 

Segundo ele, o setor sucroalcooleiro não realizada queimadas como método de colheita há dez anos e o fogo dos últimos meses representam "um desastre enorme para o setor". Ele afirmou ainda que é "irresponsável" culpar o produto de cana-de-açúcar pelas queimadas.

Durante o fim de semana, uma pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) acusou os produtores de colocarem fogo na cana-de-açúcar para desgastar o governo Lula. Para ele, a fala é “criminosa”.

"Temos que ter muita maturidade nesse processo. Quando tivemos o fim do método de queimada como pré-colheita, contratamos justamento o Inpe para monitorar as queimadas via satélite", disse Gussi ao Jornal Gente.

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