Ontem, representantes de categorias foram até a casa da presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e cobraram da deputada Bia Kicis que paute a proposta que está parada na Casa há dois meses.
De acordo com o diretor do Sindicato de Telecomunicações de São Paulo, Marcos Milanês, a resistência ao texto parte de dentro do governo.
No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro barrou a prorrogação do benefício em 2021, mas o Congresso derrubou o veto.
A medida tem validade até o fim do ano e se não for renovada, poderá provocar demissão de pelo menos meio milhão de trabalhadores no país e evitar a contratação de outros 300 mil profissionais por diversos setores.
Mesmo com as resistências do Executivo, o autor do projeto, deputado Efraim Filho, do Democratas, aposta na aprovação da matéria.
Em 2020, a abertura de vagas empregos com carteira assinada caiu pela metade; isso porque o governo atualizou os dados do Cadastro Geral.
O Caged tinha registrado um saldo positivo de 142 mil vagas de trabalho em 2020; mas após uma revisão, passou a apontar pouco mais de 75 mil.
A justificativa para a queda é que as empresas podem declarar as informações fora do prazo, até um ano depois da contratação ou demissão; e muitas fizeram isso.