
O número de mortos na Síria após dois dias de confronto entre as forças de segurança sírias e os apoiadores do presidente deposto Bashar al-Assad passou de mil neste domingo (9), incluindo 745 civis, 125 membros das forças de segurança do governo e 148 militantes de grupos armados ligados a Assad, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres.
Segundo a correspondente internacional Sonia Blota, do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, os Estados Unidos e a Rússia pediram uma reunião no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (10) para discutir a situação dos sírios. O encontro ocorrerá a portas fechadas e deve acontecer nos próximos dias.
"Confrontos violentos eclodiram entre rebeldes apoiadores de Assad e as forças de segurança da Síria na costa oeste do país, logo o confronto se espalhou para outras cidades. Alauítas foram mortos, eles representam 9% da população síria e são um ramo do islamismo xiita e é a corrente religiosa dos apoiadores do clã Assad. As diferenças religiosas na Síria não convivem bem, é sempre uma grande panela de pressão no país", disse Sonia.
Após as mortes, o presidente interino da Síria, Ahmad Sharaa, fez um pedido por "unidade nacional" e “paz civil”. Bashar al-Assad foi deposto em dezembro.