O Supremo Tribunal Federal retoma hoje o julgamento dos acusados pelos ataques do 8 de janeiro, em Brasília. Os primeiros réus participaram do vandalismo às sedes dos Três Poderes.
São eles Moacir dos Santos, de 52 anos, Matheus Lima Lázario, de 24, Thiago de Assis Mathar, de 43 anos e Aécio Lucio Costa, de 51, o primeiro a ser julgado.
Até agora, apenas dos ministros votaram; por ser relator do processo, o primeiro foi Alexandre de Moraes. Ele defendeu a tese do crime de multidão - nesse contexto, não é preciso descrever a conduta de cada um dos acusados.
A Aécio Lucio Costa foi atribuído envolvimento com associação criminosa armada e abolição violenta do Estado Democrático de direito. Além de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
O segundo a votar foi o ministro Nunes Marques, que defendeu uma pena mais branda: 2 anos e 6 meses em regime aberto. Para ele, as pessoas que atacaram os prédios públicos em 8 de janeiro "não tiveram alcance de abolir o Estado Democrático".
Mais de mil pessoas foram denunciadas pelos ataques de 8 de janeiro, mas apenas 232, considerados casos mais graves, serão julgados no plenário do STF. Os outros acusados poderão fechar um acordo com o Ministério Público e acertar um pagamento de multa ou prestação de serviços comunitários.
Alguns alegam que ficaram acampados no Quartel General do Exército e sequer estiveram na Praça dos Três Poderes na data. O julgamento será retomado na manhã de hoje com o voto do ministro Cristiano Zanin.