
O Brasil fez história no handebol masculino ao se classificar pela primeira vez na história para as quartas de final do Mundial da categoria.
Em entrevista para a Rádio Bandeirantes, o técnico da equipe, Marcus Tatá, explicou o motivo do Brasil conseguir enfrentar potências, mesmo com pouco incentivo dentro do país.
Somos bons no que fazemos O brasileiro é muito bom, no faz. A gente sabe disso. O voleibol é um exemplo, basquete, quando fez bem feito, deu resultado
A Seleção passou por uma profunda renovação no elenco após não conseguir vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, com 11 atletas estreando no Mundial.
“Os principais jogadores atuam fora do país, Romênia, França, Portugal…Temos jogadores espalhados por boa parte do mundo. Dentro do Brasil estão os mais jovens, que utilizam a Seleção para conquistar visibilidade e sair para a Europa”, explicou o treinador.
O motivo disso é a dificuldade de se praticar o handebol de elite dentro do país, com poucos clubes desenvolvendo projetos de longo prazo.
“Temos só dois ou três clubes com o potencial de formar um atleta e mantê-lo por um bom tempo. Falta dinheiro, falta cultura esportiva para a gente dar continuidade a alguns projetos”, explicou Tatá.
Mesmo assim, o Brasil conseguiu bater potências da modalidade, como Suécia e Noruega, no Mundial, conquistando a vaga inédita para as quartas.
“Isso surpreende bastante gente no Brasil, mas no mundo do handebol não, porque a evolução da Seleção Brasileira vem acontecendo e todos respeitam muito", disse Marcus Tatá.