A tragédia em Petrópolis expõe a falta de investimentos do poder público para evitar novas catástrofes.
Em 2011, a região Serrana do Rio de Janeiro registrou mais de 900 mortes em cidades como Teresópolis, Nova Friburgo e na própria cidade imperial.
Na época, o governo federal disponibilizou mais de 2 bilhões de reais para as prefeituras da região atingida, mas apenas metade foi usada.
Em Petrópolis, um plano de habitação feito em 2017 apontou que cerca de 30 mil casas estavam em áreas de risco para deslizamentos de terra.
As medidas de prevenção, no entanto, não saíram do papel, como conta o podador Marcelo Gomes.
Além de obras de contenção de encostas, faltou também o trabalho de limpeza dos canais que cortam a cidade; a água represada pelo entulho favoreceu a inundação de ruas.
Nos últimos anos, a principal estratégia adotada por gestores do município para evitar deslizamentos e inundações tem sido a instalação de sirenes.
Existem 18 dispositivos em toda Petrópolis, mas não é o suficiente.
No Morro da Oficina - uma das regiões mais atingidas por deslizamentos - muitos moradores não ouviram a sirene tocar.
Para minimizar os prejuízos, o governador do Rio de Janeiro anunciou a criação de uma linha de crédito com juro zero no valor de 200 milhões de reais.
O objetivo de Cláudio Castro é ajudar todos os empresários de Petrópolis que perderam os negócios nas enchentes.
Segundo a prefeitura da cidade, hoje existem 47 mil pessoas que ainda vivem em regiões de risco para desabamentos.