Nesta sexta-feira (30), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deliberou por 5 votos a 2 e tornou Jair Messias Bolsonaro (PL) inelegível por um período de oito anos. Com essa decisão, o ex-presidente, com 68 anos, só poderá se candidatar novamente em 2030, quando terá 75 anos. Portanto, ele ficará afastado de três eleições até lá, incluindo a eleição nacional de 2026.

O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contou com a participação dos ministros Benedito Gonçalves, Floriano de Azevedo Marques Neto, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, que votaram a favor do reconhecimento do abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por parte do ex-presidente Bolsonaro.

Por outro lado, os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques se manifestaram para absolvê-lo da acusação.

A ação analisada pelo TSE estava relacionada à reunião realizada em julho do ano anterior, no Palácio da Alvorada, com embaixadores estrangeiros. Durante essa reunião, a menos de três meses das eleições, Bolsonaro fez declarações falsas e distorcidas sobre o processo eleitoral, alegando embasar-se em dados oficiais, além de buscar desacreditar os ministros do TSE.

A sessão do TSE desta sexta-feira foi iniciada com o voto da ministra Cármen Lúcia, que afirmou estar acompanhando o relator. Em seguida, o ministro Kassio Nunes proferiu seu voto. Alexandre de Moraes, presidente do tribunal, anunciou que também acompanharia o relator, ministro Benedito Gonçalves.