Vacina contra a dengue deve ser levada para a análise da Anvisa em setembro

Da Redação

Vacina contra a dengue deve ser levada para a análise da Anvisa em setembro
Aedes aegypti
Reprodução

A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, deve ser levada para a análise da Anvisa em setembro.

O imunizante apresenta uma eficácia de 79,6% ao longo de dois anos.

Os primeiros resultados do ensaio clínico da fase 3 foram publicados ontem no New England Journal of Medicine, uma prestigiada revista médica.

Ao contrário da QDenga, da farmacêutica japonesa Takeda, o imunizante do Butantan é de dose única, feito a partir de quatro vírus atenuados.

O instituto acompanhou 16 mil voluntários no Brasil com idades de 2 a 59 anos.

Em pessoas que já apresentavam anticorpos para a dengue antes do estudo, a proteção foi de 89,2%, e de 73,6% naqueles que nunca tiveram contato com o vírus.

A vacina ainda precisa da aprovação da Anvisa - a previsão é de que ela seja liberada para a população em 2025.

Em meio à explosão de casos, muitas cidades ampliaram o atendimento de saúde e reforçaram as ações de combate ao mosquito transmissor.

No Estado de São Paulo já são mais de 19 mil casos e 3 mortes por causa da dengue.

Só nas três primeiras semanas do ano, a capital paulista registra quase mil e 800 casos - esse é o pior cenário para um começo de ano, desde 2016.

Por conta do avanço da doença, a prefeitura realiza um mutirão neste sábado.

Quem tiver com algum sintoma - dor de cabeça ou febre, por exemplo - pode procurar a unidade básica de saúde mais perto de casa e fazer o teste de graça.

No Rio de Janeiro, as duas primeiras mortes por dengue foram registradas em Mangaratiba - um homem de 38 anos - e em Itatiaia - uma idosa de 98 anos.

Há ainda 15 óbitos suspeitos que estão sendo investigados.

No Distrito Federal, 1 a cada 90 moradores pegou dengue somente em janeiro - essa á maior incidência da doença em todo o Brasil.

São 550 casos a cada 100 mil habitantes, 10 vezes a média nacional.

O governo do DF instalou tendas em todas as regiões para fazer atendimento emergencial à população.

Até agora, o Distrito Federal foi a única região do país que pediu apoio do exército.

Pelo menos 300 militares vão atuar na aplicação do fumacê e na inspeção dos imóveis.

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