'Vou continuar com os exercícios, não vou sucumbir', diz médica atacada em tentativa de assalto

Marília de Godói, de 67 anos, foi jogada no chão, recebeu chutes nas costelas e teve o dedo mordido por bandidos enquanto corria na rua na região do Parque Continental, na Zona Oeste de SP

A médica Marília de Godói, de 67 anos, afirmou que continuará a sua rotina de exercícios físicos e corrida apesar do ataque que sofreu durante uma tentativa de assalto na madrugada do último sábado (15). Ela falou ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, nesta terça-feira (18), e disse que pretende mudar apenas o horário de sua corrida diária.  

"Corro nessa avenida há muitos anos, todos os dias nesse horário. Eu corro nesse horário porque ainda não tem carros então não tem muita poluição, o ar está mais limpo. E quando chego na pista do Parque Continental já tem mais corredores lá. Muitas pessoas correm às 5h50, mas vou mudar o horário e vou continuar. Não posso sucumbir", disse Marília à Rádio Bandeirantes.  

No momento da tentativa de assalto, Marília foi abordada por dois homens em uma moto. Um deles desce da garupa e pede o celular, mas a médica não levava celular. Os bandidos então veem uma aliança e tentam tirá-la a força. Marília contou que informou aos homens que a aliança não saía com facilidade e pediu calma.  

Em seguida, ela é jogada violentamente no chão, recebe chutes nas costas e nas costelas. Na tentativa de retirar a aliança, um dos bandidos morde a mão e os dedos da médica, que grita por socorro.

Não tive a chance de tirar a aliança com calma. Essa aliança está há 47 anos no meu dedo, não sai com facilidade. Ele [o bandido] foi muito agressivo

Marília contou que retorna ainda hoje para o hospital para realização de mais exames. Na ida ao hospital após o ocorrido foi constatado que a médica teve uma perfuração no pulmão devido a uma costela quebrada pelos chutes que recebeu.  

Além da perfuração do pulmão, que resultou em um derrame pleural, quando há acumulo de líquido entre as membranas que revestem os pulmões e a parede do tórax, o que pode dificultar a respiração, Marília teve uma vértebra fraturada, lesões no cotovelo, nas mãos e um hematoma na orelha.

"Ele tentou tirar a minha aliança na dentada. Ficaram muito agressivos. Levei um monte de chutes e isso foi muito ruim. Tive trauma no pulmão, fratura de vértebra, fiquei internada a base de morfina", contou a médica. 

Apelo por mais segurança nas ruas  

Marília, que já se recupera em casa, pediu por mais segurança nas ruas e falou que ficou "chocada psicologicamente" com a tentativa de assalto.  

"Espero que melhore mais a segurança nesse país e nas ruas. Tem que ser mais rígido, precisa haver punição. Temos que pressionar para que haja mais segurança nesse país", disse. 

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