50 mil doses da vacina pediátrica da Pfizer devem chegar na próxima segunda (21)

A vacinação infantil contra a covid no rio foi suspensa pela terceira vez nesta quinta-feira (17)

Felipe de Moura (sob supervisão de Beatriz Duncan)

 58% do público infantil já se vacinou contra o coronavírus na cidade do Rio Reprodução
58% do público infantil já se vacinou contra o coronavírus na cidade do Rio
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A capital Fluminense espera receber 50 mil doses da Pfizer pediátrica na próxima segunda (21). O calendário foi suspenso nesta quinta (17) no município. A expectativa é que o calendário de vacinação infantil seja retomado na terça-feira (22).

Segundo o Município, acabaram os estoques de doses da Pfizer e da Coronavac, destinadas à faixa etária de 5 a 11 anos. 

A Secretaria Municipal do Rio alega que os lotes que estavam previstos para chegar nesta semana não foram entregues pelo Ministério da Saúde. Ao todo, 58% do público infantil já se vacinou contra o coronavírus na cidade do Rio, o que corresponde a 315 mil crianças. 

“Estamos com um percentual de crianças vacinadas muito baixo no país, refletindo a falta de um direcionamento e política pública de incentivo à vacinação nessa faixa etária. A Covid é uma ameaça real, que pode trazer grave adoecimento às crianças e até morte. É urgente que tenhamos direcionamento e campanhas publicitárias voltadas para a vacinação da doença, e as outras vacinas. Sem a cobertura adequada de crianças, estas serão cada vez mais acometidas pela Covid, sendo transmissoras da doença para os adutos”, comentou a pneumologista Patrícia Canto Ribeiro.

SUSPENSÃO DO CALENDÁRIO

Essa é a terceira vez que o calendário infantil é suspenso no município. O que impacta no andamento geral da campanha de vacinação.

“Isso (a suspensão) impacta  porque a gente tem um grupo enorme de crianças que ainda não foi imunizado que estão circulando e se expondo sem proteção alguma. Apesar de a maioria desse grupo fazer quadro leve, a maior causa de mortalidade de crianças foi de Covid no ano passado”, disse o infectologista, Jose Pozza. 

Mesmo com calendário parado, crianças com deficiência ou comorbidades, na faixa etária entre 5 e 11 anos,  podem buscar postos e se vacinarem normalmente. Doses para pessoas com 12 anos ou mais também estão disponíveis. 

A segunda dose e a dose de reforço continuam em aplicação.