O conjunto de prédios, onde funcionou o antigo Moinho Fluminense, na Zona Portuária do Rio, vai começar a ser restaurado a partir do segundo semestre desse ano. No local, funcionou a primeira fábrica de trigo no Brasil. Inaugurado em 1887, o espaço ocupa quatro quadras entre a Rua Sacadura Cabral e a Avenida Venezuela.
O projeto vai transformar a antiga sede da administração do Moinho Fluminense em um espaço multiuso, com escritórios comerciais, bares, restaurante e local para eventos. A previsão é que a obra seja concluída em três anos.
"O projeto começa nesse semestre já com as obras de restauro das fachadas. A gente está falando de um patrimônio de mais de 10 mil metros quadrados tombados integrado ao passeio público. Essa primeira parte também trata da parte comercial, integrando o passeio público, ligando a Orla Ponte com a Praça da Harmonia vem em ótimo momento. Um momento que começa um adensamento residencial dessa região que o próprio projeto pretende coroar, ao final, com um residencial também nos seus terrenos", comentou Gustavo Guerrante, presidente da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR).
Na segunda etapa, a modernização do espaço prevê a construção de prédios residenciais e corporativos em terrenos vizinhos, que faziam parte do complexo industrial. As pessoas que frequentam a região acreditam que o restauro vai trazer benefícios para o local.
"É importante (revitalizar) porque vai dar bastante movimento, é melhor para a cultura. O Centro fica com uma área de lazer, movimenta mais a economia daqui também, ser um ponto turístico. Eu achei importante colocar uma coisa diferente, que chama a atenção das pessoas. Eu gostei muito", disse Agnaldo da Cruz Neto, frequentador da área.
Ao menos dois andares do prédio administrativo do Moinho Fluminense serão transformados em lajes corporativas para aluguel. Em relação aos eventos, a intenção é promover atividades abertas ao público e também particulares.
"Essa área, à noite, tem muito problema de segurança. Você, revitalizando, tende a ter mais policiamento. Nesse aspecto, acho bastante interessante. Aqui, embora seja bonito, à noite, é bem deficitado com relação à segurança", afirmou Ricardo Marques, que trabalha na região.
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco