Atividade educativa simula, com óculos 3D, riscos de dirigir alcoolizado

Estudantes do Colégio Estadual Leopoldina da Silveira, em Bangu, participaram do programa.

*Ana Clara Prevedello

Atividade educativa simula, com óculos 3D, riscos de dirigir alcoolizado
Óculos 3D foi usado para demonstrar efeito da embriaguez ao volante.
Ellan Lustosa / Divulgação SEEDUC

A Secretaria de Estado de Educação, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e o Detran realizaram, nesta quarta-feira (9), uma atividade que simulou a embriaguez em estudantes através de óculos 3D, para conscientizar sobre os riscos de dirigir sob o efeito de álcool.

Os alunos do Colégio Estadual Leopoldina da Silveira, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, foram os primeiros da rede estadual que participaram do programa 'Galera do DNIT', uma iniciativa do departamento em parceria com o Detran-RJ.

Uma palestra sobre os efeitos nocivos de substâncias que afetam as ações psicomotoras, como o álcool e as drogas, também foi feita para cerca de 800 alunos do Ensino Médio. Além disso, educadores de trânsito tiraram dúvidas e abordaram temas como a primeira habilitação, as infrações de trânsito e a importância da antena corta-pipa nas motos.

“É importante para que eles tenham essa noção do perigo que é a pessoa não ter atenção no trânsito. As escolas precisam dar mais valor a isso, para salvar a vida deles e das pessoas que andam nas ruas”, afirma Marco Antônio Nunes da Fonseca, professor de física da escola e engenheiro do DNIT.

Foram mais de 1.278 pessoas flagradas dirigindo sob efeito de álcool ou drogas no estado em 2022. Os dados são do Instituto de Segurança Pública (ISP).

Um dos alunos que participaram da atividade, Felipe Lemos, de 17 anos, conta que já sofreu consequências por conta de outras pessoas que dirigiram alcoolizadas.  

“Eu mesmo já passei por acidentes por conta de irresponsabilidade no trânsito, tanto com pessoas embriagadas quanto com pessoas que dormiram no volante. E acho que esse é um trabalho muito interessante de se ter desde o início, começar a conscientização antes mesmo de a pessoa tirar a carteira”, disse.  

A ideia é de que o projeto seja levado para outras escolas da rede estadual, alcançando um número cada vez maior de jovens.

“É algo inacreditável ver como alguém consegue dirigir daquela forma. Eu acho impossível”, contou a estudante Cláudia Estrela, de 18 anos, após usar o óculos de realidade aumentada.

*Sob supervisão de Christiano Pinho.