Band Rio de Janeiro

Bandidos que sequestravam caminhoneiros são presos em Maricá

O grupo faz parte da maior facção do tráfico de drogas do Rio

Pedro Cardoni (sob supervisão de Natashi Franco)

Criminosos chegavam a manter as vítimas presas por até 5 dias Reprodução/Polícia Civil
Criminosos chegavam a manter as vítimas presas por até 5 dias
Reprodução/Polícia Civil

17 integrantes de uma quadrilha especializada em sequestrar caminhoneiros foram presos pela Polícia Civil em Maricá, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (22). Outros 5 integrantes do grupo já estavam na cadeia e tiveram novos mandado de prisão cumpridos.

Ao todo, a Polícia Civil cumpriu 10 dos 12 mandados de prisão e detiveram outras 7 pessoas em flagrante em um conjunto habitacional "Minha Casa Minha Vida", em Inoã, distrito de Maricá, e na comunidade Mutirão, em São José do Embassaí, também na cidade de Maricá.

A organização criminosa desarticulada tinha como alvo principal o sequestro de caminhoneiros e faz parte do Comando Vermelho, a maior facção do tráfico de drogas do Estado do Rio de Janeiro.

O grupo atraia os motoristas até Maricá para a contratação de fretes inexistentes, rendia os profissionais e roubava os caminhões. Depois do roubo, motoristas contratados pela facção usavam o veículo roubado para transportar drogas da divisa com o Paraguai, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, para comunidades dominadas pelo Comando Vermelhos nas cidades de Maricá e São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

As vítimas da organização criminosa chegavam a passar cinco dias em cativeiro, privadas de água e alimentos. Os criminosos obrigavam os motoristas a atenderem telefonemas normalmente para evitar que os veículos fossem registrados como produto de roubo e abordados nas rodovias.

A quadrilha é liderada pelo chefe do tráfico da comunidade do Mutirão, Marcos Vinícius Dias Laurindo, conhecido como "Lobo Mau", e por Wesley Gomes Toledo, o "Pitbull". Além disso, o grupo conta com criminosos responsáveis pelo sequestro das vítimas, os motoristas e até advogados e desembargadores, que negociavam a liberação dos veículos roubados quando eram apreendidos por autoridades rodoviárias