Bombeiro que atirou em funcionário em fast-food é condenado a 12 anos de prisão

Paulo César, sargento do Corpo de Bombeiros, também terá que pagar uma indenização de R$ 100 mil à vítima.

*Ana Clara Prevedello e Mariana Albuquerque

Bombeiro que atirou em funcionário em fast-food é condenado a 12 anos de prisão
Bombeiro pode ser expulso da corporação.
Reprodução | Vídeo

O bombeiro Paulo César Albuquerque, acusado de tentativa de homícidio contra um funcionário de um McDonalds na Taquara, na Zona Oeste do Rio, foi condenado a 12 anos de prisão, em regime inicialmente fechado. O sargento ainda terá que pagar uma indenização de R$ 100 mil à vítima por danos morais.

O militar atirou contra a vítima durante uma confusão por causa de um cupom de R$ 4, em maio do ano passado. O bombeiro queria usar o desconto em um pedido que estava fazendo no Dhrive-Thru da loja.

Matheus Domingos Carvalho, que estava atendendo no dia, explicou que não seria possível aplicar o cupom. Logo depois, câmeras de segurança mostraram Paulo saindo do seu veículo e dando um soco no funcionário, que ainda consegue ser protegido pelo acrílico do guichê do atendimento.

Não satisfeito, Paulo dá a volta no estabelecimento e entra na loja armado. Ele entra na cozinha, inicia uma luta corporal com a vítima e atira no atendente. O agressor guarda a arma na cintura, e sai do fast-food como se nada ativesse acontecido. Matheus é socorrido logo depois por colegas de trabalho.

Apesar da condenação de Paulo e da indenização, Matheus, de apenas 23 anos, lida com as sequelas do crime até hoje. Ele foi aposentado por invalidez e faz fisioterapia por causa da lesão na coluna, em decorrência do tiro, além de  ter perdido parte do rim e do intestino.

“Eu vou focar nos meus tratamentos. Não tá melhor, mas já é um bom caminho andado. (...) Vida que segue, sabe? Muito feliz, muito realizado com a decisão da justiça, acordando todos os dias sabendo que a justiça foi feita”, disse.

A Band Rio tenta contato com a defesa do militar. Paulo pode ser expulso da corporação ao fim de um processo no Conselho de Disciplina do CBMERJ.

*Sob supervisão de Christiano Pinho.