Caso de varíola dos macacos é confirmado na cidade do Rio

Paciente infectado pelo vírus e cinco pessoas contactantes estão sob monitoramento

Pedro Cardoni*

Entre os sintomas da varíola dos macacos estão febre e erupções na pele Cynthia S. Goldsmith/Agência Brasil
Entre os sintomas da varíola dos macacos estão febre e erupções na pele
Cynthia S. Goldsmith/Agência Brasil

O primeiro caso de varíola dos macacos da Capital Fluminense foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio). O paciente e pessoas que tiveram contato com ele estão sob vigilância das autoridades da saúde.

O homem está com sintomas leves, em isolamento domiciliar e sendo monitorado pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS-Rio). Cinco pessoas que tiveram contato com o homem também estão sob investigação e monitoramento.

O homem, de 38 anos, é brasileiro, mas reside em Londres, e chegou ao Brasil no dia 11 de junho. No dia seguinte (12), o paciente procurou atendimento no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). A positividade da doença foi registrada na última terça-feira (14).

As amostras suspeitas de infecção pelo vírus da varíola dos macacos do estado do Rio de Janeiro e de toda a região Nordeste vão ser encaminhados para o Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), reconhecido como referência em monkeypox pelo Ministério da Saúde (MS).

VARÍOLA DOS MACACOS: SINTOMAS E CUIDADOS

O vírus monkeypox, conhecido como varíola dos macacos, faz parte da mesma família de vírus da varíola comum, mas o nível de infecção em grande massa da população é considerado baixo. O vírus é transmitido através de contato com pessoas infectadas e pode acontecer pelo nariz, boca, olhos, sistema respiratório ou lesões na pele.

Os sintomas começam a ser manifestados de 5 a 21 dias depois da infecção. Os sintomas mais comuns são febre, aparecimento de gânglios e erupções na pele, fraqueza muscular, dor de cabeça e nas costas. Em geral, os sintomas são leves e devem desaparecer em cerca de três semanas sem precisar de tratamento.  

Apesar do baixo risco, especialistas também alertam sobre os cuidados que a população pode ter para evitar a proliferação do vírus.

“Essa é uma doença que é transmissível somente com o contato com as pessoas que tem a doença. Por exemplo, se você tiver algum contato com uma pessoa que veio da Europa, que teve febre, dor no corpo e apareceu umas vesículas na pele. Esse paciente deve ficar isolado e você ser monitorado para ver se você vai adquirir a doença ou não”, relatou José R Branco, médico infectologista e fundador e diretor do Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP).

*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco