O julgamento de Flordelis, acusada de ser a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, chegou ao terceiro dia e ainda não há previsão para o término. De acordo com a promotora de justiça, Mariah Paixão, 19 testemunhas ainda devem ser ouvidas no Tribunal do Júri, no Fórum de Niterói, Região Metropolitana do Rio, seis de acusação e treze de defesa.
“Eu não desisto de nenhuma testemunha, são todas testemunhas importantes, conviviam na casa, tem ciência do fato do homicídio e do homicídio tentado e o mais importante, todas têm ciência de que não houve em nenhum momento ato de violência sexual praticado pelo pastor”, disse o assistente de acusação, advogado Ângelo Máximo.
Até o momento, nem o assistente de acusação nem os advogados de defesa dos réus abriram mão do depoimento de nenhuma testemunha. Por isso, o julgamento pode levar mais alguns dias.
“Pela complexidade do caso é até entendível ser demorado. Agora a gente espera nós tenhamos tempo também, no momento de apresentar a nossa tese, compatível com essa complexidade, porque do jeito que tá, nós teríamos apenas trinta minutos por acusado”, disse o advogado de defesa, Rodrigo Faucz.
De acordo com a promotora de justiça Mariah Paixão, o intuito é que o julgamento consiga avançar neste terceiro dia e que os depoimentos sejam mais objetivos. Seis testemunhas de acusação ainda serão ouvidas para que, depois, as testemunhas de defesa comecem a prestar declarações.
Luana Rangel, nora de Flordelis, afirmou não ter dúvidas de que Flordelis foi quem mandou matar o marido. Ela disse, também, que via a ex-deputada e Marzy, uma das filhas afetivas, colocando “pozinhos”, que supostamente seriam veneno, na bebida do pastor.
“Quando eu vi ela quis justificar e falou que o pastor não tomava remédio, então ela tinha que fazer assim pra ele tomar”, contou a nora de Flordelis, Luana Rangel.
Além de Flordelis, acusada de ser a mandante do crime, três filhos da ex-parlamentar e uma neta também estão no banco dos réus: Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica de Flordelis, a neta, Rayane dos Santos Oliveira, e os filhos afetivos, André Luiz Oliveira e Marzy Teixeira da Silva.
A ex-deputada federal é acusada de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa. Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues e André Luiz de Oliveira respondem por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada, e Rayane dos Santos Oliveira, por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada.
*Sob supervisão de Natashi Franco
