Após a fase que se encerrou nesta quarta-feira (15), a juíza do caso Henry Borel, Elizabeth Louro Machado, irá interrogar e ouvir os réus, Monique Medeiros e Jairinho, no início do próximo ano, no dia 09 de fevereiro.
A audiência de instrução e julgamento do caso Henry Borel, que foi retomada na última terça-feira (14), terminou ontem (15). Este rito processual é uma instrução preliminar para que as testemunhas, advogados e réus possam ser ouvidos e o juiz determinar se houve crime e a natureza do mesmo.
Na terça-feira (14), dez testemunhas foram ouvidas no tribunal, sendo uma de acusação e nove de defesa. Jairinho e Monique estiveram presentes na sessão e foi a primeira vez que eles se viram após serem presos.
Os depoimentos mais importantes foram da cabelereira Tereza Cristina dos Santos e do pai de Jairinho, o deputado Coronel Jairo.
A cabelereira presenciou uma conversa por videochamada de Monique com o filho Henry, enquanto a atendia no salão de beleza. No seu depoimento, Tereza Cristina, afirma ter escutado a babá do menino apontar para uma lesão em Henry após ele ter tido uma “conversa” com Jairinho em um cômodo do apartamento onde moravam.
"Ela (babá) estava mostrando que a criança estava meio mancando. Ela (a criança) seguia em um corredorzinho, andando. Ela (babá) queria mostrar que ele tinha machucado o joelho. A única coisa que eu lembro foi a criança perguntando para ela se ele atrapalhava ela", afirmou a cabelereira.
Durante o depoimento de Coronel Jairo, Monique e Jairinho se emocionaram. Segundo o deputado, a convivência do casal era harmoniosa e o casal não brigava muito.
Já no último dia da sessão, nesta quarta-feira (15), houve protesto em frente ao Tribunal de Justiça onde acontecia a audiência. Os manifestantes pediam por justiça e exigiam a pena máxima para os réus.
Um depoimento que marcou a audiência de ontem (15) foi o do policial Sigmar Rodrigues de Almeida, amigo de Leniel Borel, pai do menino. Segundo o policial, Jairinho fez um comentário que causou uma animosidade entre o ex-político e Leniel.
"Em um dado momento, o Jairinho bateu nas costas do Leniel e falou: vida que segue, daqui a pouco você faz outro filho e bola para frente. O Leniel ficou indignado e eu também, mas eu falei vamos lá tomar um café e tirei ele do local", revelou o policial.