A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio realizaram, nesta sexta-feira (4), uma operação contra um esquema de gatonet comandado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões, preso acusado da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes. A ação busca cumprir mandados de busca e apreensão em bairros da Zona Norte do Rio.
O ex-militar é apontado como responsável pela milícia que atua em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio. Suel, como é conhecido, é acusado de monitorar a rotina de Marielle e ajudar no sumiço das cápsulas de munição, do carro usado no crime e das placas clonadas dele.
Até o momento, não foram divulgadas mais informações sobre a investigação. A defesa de Suel ainda não se pronunciou sobre o assunto.
RELEMBRE O CASO
Maxwell Simões foi preso no dia 24 de julho deste ano, no Recreio, depois de informações declaradas por Élcio Queiroz em uma delação premiada.
Na delação, Élcio afirmou que depois do crime, ele e Ronnie Lessa se encontraram com Suel em um bar na Barra da Tijuca. No local, Maxwell disse que ele e Lessa já tinham tentado matar Marielle anteriormente, mas fracassaram por um problema no carro.
A investigação do caso também confirmou que Suel ajudava financeiramente as famílias de Élcio e de Ronnie enquanto eles estão presos pela morte da vereadora. Segundo a polícia, esse dinheiro vinha de fontes ilegais de arrecadação pelo fornecimento de internet e TV a cabo.
O ex-militar Maxwell já havia sido condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações do caso, ao participar do sumiço das armas de Lessa. A investigação apontou que o armamento foi retirado de um apartamento do policial reformado e jogado no mar da Barra da Tijuca.
Suel também chegou a ser preso na operação Calígula, acusado de envolvimento com a contravenção chefiada pelo bicheiro Rogério de Andrade.
*Sob supervisão de Helena Vieira