Com dez anos de funcionamento, o reservatório da Praça da Bandeira funciona para reduzir os impactos de chuvas na região da Grande Tijuca. Mais conhecido como “piscinão”, o grande investimento da Prefeitura do Rio trouxe muito retorno aos moradores, diminuindo a formação de bolsões de água na região.
Assim como o da Praça da Bandeira, existem outros quatro na mesma sub-região, que integram o sistema contra enchentes da Grande Tijuca: três na Praça Niterói e um na Praça Varnhagen, além do desvio realizado no Rio Joana.
A localidade, que tem registro de alagamentos desde 1930, tem uma geografia que contribui para o problema: localização entre morros e com passagem de rios (que no passado eram bem mais caudalosos). Considerado um dos maiores problemas de drenagem do Rio de Janeiro, a Praça da Bandeira para os moradores “era ‘tiro e queda’, choveu, encheu”.
Todo o sistema conta com os cinco reservatórios e um dos maiores túneis de drenagem urbana do País. O investimento total no sistema foi de mais de R$ 540 milhões e o conjunto de contenção da região tem capacidade para suportar o equivalente a 200 piscinas olímpicas de uma só vez.
“Ali era um ponto emblemático de enchentes no Rio de Janeiro, mas com a construção do piscinão passamos a ter um cenário bem diferente, que continua passando por atualizações e modernização”, destaca o presidente da Rio-Águas, Wanderson Santos, ao lembrar o histórico ruim no entorno da praça.
As informações técnicas do nível de água na estrutura são enviadas diretamente para a central de controle, no Centro de Operações da Prefeitura, que pode acionar bombas de escoamento pelo digitalmente quando há necessidade.
Fora da Grande Tijuca
Para outros bairros do Rio de Janeiro que sofrem com a mesma problemática, a Rio-Águas informou que cada região possui uma solução específica, e que nem sempre vão ser os piscinões implementados na Grande Tijuca.
O projeto de contenção de alagamentos do Jardim Maravilha, por exemplo, contempla obras de infraestrutura em 23 ruas e urbanização de uma área equivalente a 30 campos de futebol. Por lá, também será implantado um dique no Rio Cabuçu-Piraquê, estruturas utilizadas para conter a água do rio com o objetivo de acabar com o transbordamento do local.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.