Cerca de 47% das indústrias brasileiras têm algum projeto ou plano de ação formal em ecoinovação. De acordo com o levantamento, 30% das empresas têm trabalhos efetivos em execução e outras 17% estão com iniciativas aprovadas para serem iniciadas.
Os dados constam da sondagem especial: Ecoinovação e Transformação Digital, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo ainda revela que 28% das empresas estão realizando estudos iniciais sobre o tema e 19% não realizaram nenhuma ação nessa área.
“Precisamos ajustar mais rapidamente o grande desafio que nós temos hoje no mundo. Que é da qualificação e da requalificação”, considera Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI.
Na cidade do Rio de Janeiro e em mais oito capitais, por exemplo, há a “Retorna Machine”, onde as pessoas podem descartar embalagens e recicláveis pós-consumo, e receber uma moeda digital em troca. As tricoins podem ser utilizadas em vários benefícios, como transporte público, crédito na conta de energia, celular, livraria ou até doar para alguma instituição.
A iniciativa da Ambipar Triciclo pode ser encontrada em quase cem pontos, nas instituições parceiras do projeto.
“Ontem (27) tive aqui e fiz a coleta dele (material). Levei a ”bag" completamente cheia e hoje (28) já tá pela metade", conta Victor Pereira, líder operacional da empresa, ao destacar o sucesso do equipamento.
Os resíduos descartados são coletados pela companhia e levados ao galpão, onde é feita a triagem, classificação e enfardamento, para ser enviado aos recicladores e cooperativas.
Outro exemplo encontrado na capital fluminense é o incentivo dado pela Light para os consumidores que levam latas de alumínio até pontos de coleta da empresa. Em troca do material, as pessoas ganham desconto na conta de energia.
“É uma compensação direta que a Light tem com esse viés de sustentabilidade que hoje tá muito forte”, explica a gestora social da Light, Sedineia Santos.
As ecoinovações podem ser tanto tecnológicas, por meio de novos produtos ou processos produtivos, quanto inovações não-tecnológicas, com métodos de marketing, inovações organizacionais ou institucionais.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.