O corpo de Cauã Neres, de 17 anos, foi encontrado pela Polícia Civil no Rio Guandu nesta quarta-feira (13). Amigos do jovem confessaram que o mataram por causa de um celular. O crime aconteceu em Antares, na Zona Oeste e a delegacia de Santa Cruz investiga o caso.
“Eles confessaram e vieram se entregar. Falaram tudo que fizeram com o meu filho. É muito triste para uma mãe saber que um garoto de 17 anos que não fazia mal para ninguém, a rua toda achava ele uma criança grande. Uma crueldade dessa com quem ele achava que era amigo, entendeu? Eu só quero justiça e disso que vou atrás”, disse Vanessa Neres, mãe de Cauã.
Fábio Luis, delegado titular da 36ª DP (Santa Cruz), que investiga o caso, disse que vai pedir a prisão dos cinco criminosos e confirmou que o corpo foi encontrado aonde os cinco disseram que o jogaram: no Rio Guandu.
“Eles ocultaram o cadáver, jogaram o cadáver no Rio. Eles estão dizendo que estavam num bar bebendo, foram abordados por uma viatura da Polícia Militar, por conta da altura do som, aí pediu para baixar e pediu o documento deles. Um deles foi pegar o documento, que estaria no celular, não localizou o celular e entrou no carro para buscar o celular e não localizou. Cauã entrou no carro, achou o celular e partir de então eles desconfiaram que o Cauã tinha pego o telefone e depois colocado no carro e dito que achou. Nisso, a PM já tinha ido embora”, explicou Fábio Luis.
Depois de acharem que Cauã pegou o telefone, os cinco agrediram o adolescente e ficaram com medo dele contar da agressão. Depois disso, os criminosos decidiram matar Cauã.
“Eu andei, andei, andei atrás do meu filho e graças a Deus eu vou trazer, não ele do jeito que eu queria, eu queria meu filho vivo. Eu estou sem dormir há três dias, sem comer. A família toda mobilizada, todo mundo me ajudando, e foi aí que foi descoberto. Eu tinha que saber, se não eu ia ficar esperando meu filho chegar em casa e ele não ia aparecer. Só quem passa sabe o que eu estou sentindo. Meu filho ficou sem defesa, foram cinco pra cima do meu filho. Eu não estava ali para defender ele. É uma dor muito grande”, falou, aos prantos, a mãe de Cauã.
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco