Motorista de aplicativo, Diogo Teixeira tinha acabado de finalizar uma corrida, na Rua Eliseu de Alvarenga, em Mesquita, na noite da última sexta-feira (5), quando seu carro caiu inesperadamente em uma cratera. Ele teve ferimentos leves na cabeça e nas pernas, e foi ajudado por pessoas que estavam próximas ao local.
O que ele não sabia é o buraco enorme já havia se formado há pelo menos três meses, segundo moradores da região. E que ele não havia sido a primeira vítima.
"Quando eu estava retornado para a minha casa caí nessa cratera mal sinalizada e com a iluminação pública em péssima qualidade também", reclama o motorista.
O acidente aconteceu por volta das 18h30. Uma hora e meia depois militares do Corpo de Bombeiros chegaram ao local.
O resgate do carro não foi tão rápido quanto o da vítima. Diogo acionou sua seguradora, que mandou um agente ao local em pouco tempo. O funcionário entrou em contato com a Prefeitura de Mesquita e foi informado que o carro só poderia ser retirado no dia seguinte, com uma draga, o que poderia danificar ainda mais o veículo. Com medo de deixar seu carro pernoitar na rua, Diogo desembolsou R$ 3 mil para alugar um caminhão para retirar o veículo.
Na segunda-feira (8), Diogo foi até a prefeitura para tentar o ressarcimento dos valores gastos por conta do acidente. Em conversa com um funcionário, ele foi orientado a ir até o setor de ressarcimento.
Chegando no local, Diogo teve que abrir um protocolo onde declarou a próprio punho as despesas, que ainda teriam que ser avaliadas.
"Eu precisei pagar do meu bolso a retirada do carro do buraco porque nisso a prefeitura também não me assistiu. Eu tenho aluguel de casa que eu sem trabalhar não consigo pagar, tenho que levar meu filho pra creche", conta Diogo.
Para o motorista de aplicativo o prejuízo é ainda maior. Por conta dos danos sofridos em seu carro, ele se encontra impossibilitado de trabalhar e consequentemente sem fonte de renda.
Na tentativa de ressarcir o prejuízo, Diogo abriu uma vaquinha online.
Procurada, a Prefeitura de Mesquita não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.