Os criminosos que explodiram uma agência bancária do Santander na Ilha da Conceição, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, levaram cerca de R$ 430 mil. O bando fugiu de barco pela Baía de Guanabara, surpreendendo a polícia. Eles chegaram a entrar em confronto com a Polícia Militar, mas ninguém se feriu.
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos são traficantes do Comando Vermelho (CV) que atuam em comunidades de Niterói e do Rio de Janeiro. A ação envolveu 14 criminosos, que usaram quatro carros como batedores e um caminhão para fechar a rua Rua Mário Neves, na localidade do Largo do Sol, onde fica o banco, além de acionaram três explosivos dentro do banco. O alvo era o principal cofre da agência.
“Eu estava dormindo e aí eu acordei com um barulho muito forte porque a porta de vidro estava tremendo. Eu ainda achei que fosse chuva, porque quando dá trovoada muito forte a porta treme. Aí meu namorado levantou e olhou que não estava chovendo. Quando ele foi deitar na cama de novo, fez o barulho de novo. Aí a gente levantou. A gente viu dois carros parados no meio da rua com a porta aberta. Tinha um bandido no meio dos dois carros com a arma na mão e gritando muito. Quando eu voltei de novo para o corredor, o carro já estava saindo e começaram a dar muito tiro”, disse uma moradora que não quis ser identificada.
A PM informou que, ao chegar no local, os criminosos atiraram contra os policiais e houve confronto. Um cerco chegou a ser montado, mas eles conseguiram fugir.
Com a explosão do cofre, o grupo pegou os R$ 430 mil e foram para um Píer. Depois, pegaram um barco e escaparam pela Baía de Guanabara.
Segundo as investigações, a ação foi orquestrada com batedores, que monitoravam o entorno do bairro, para conseguir garantir o sucesso do assalto. A Polícia também investiga se o grupo teve a ajuda de algum funcionário da agência.
O Esquadrão Antibombas da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) chegou a ser acionado e recolheu fragmentos de explosivos para fazer um laudo técnico. Em nota, o Santander disse que “colabora com as investigações policiais”.
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco