Com o período do verão, época mais quente do ano e quando ocorrem fortes chuvas, a dengue volta a ser uma preocupação para a população da capital fluminense e para as autoridades. De acordo com o secretário de Saúde do município, a maioria dos cariocas é vulnerável ao sorotipo 2, tipo da doença que já está circulando na cidade e que foi o responsável pelas epidemias de dengue no Brasil em 2007, 2008 e 2009.
“A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde do Rio é que todos os moradores da cidade fiscalizem os seus domicílios para evitar o acúmulo de água parada e a criação de mosquitos”, afirmou o secretário municipal de Saúde Daniel Soranz.
Durante os fins de semana, mais de 7,5 mil agentes da Prefeitura do Rio vão fazer mutirões para combater os focos do mosquito Aedes aegypti. Somente no ano passado, mais de 1,7 milhão de focos foram encontrados durante a “Operação Verão”. Além disso, a população também pode pedir o apoio de órgãos do governo municipal através do canal 1746.
De acordo com a Prefeitura do Rio, em 2022, a capital fluminense registrou quatro mortes, duas a mais que em 2021, além de mais de 4,8 mil casos da doença, uma variação de quase 400% em comparação ao ano de 2021. Em todo o estado, foram mais de 11 mil casos de dengue no último ano. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio, 16 pessoas morreram em decorrência da dengue.
“A gente tem a combinação perfeita pra proliferação do mosquito, que é esse período de calor com chuvas, em que a gente tem acúmulo de água, por isso é tão importante as medidas de combate à proliferação do mosquito, pra gente, junto, evitar o aparecimento de uma nova epidemia pelo sorotipo 2”, explicou o infectologista José Pozza.
Segundo o secretário municipal de Saúde Daniel Soranz, de cada três cariocas que tiveram dengue no último ano, pelo menos dois pacientes tinham focos do mosquito dentro da própria residência.
*Sob supervisão de Natashi Franco