Dois homens foram presos depois de perseguição na Tijuca

Um revólver foi apreendido com a dupla e o carro roubado foi recuperado

Felipe de Moura e Pedro Cardoni (sob supervisão de Natashi Franco)

Um revólver foi apreendido Divulgação/PMERJ
Um revólver foi apreendido
Divulgação/PMERJ

Dois homens foram presos depois de uma perseguição, seguida de tiroteio com policiais na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, na última segunda-feira (11). A ação da polícia começou depois que uma equipe da Polícia Militar se deparou com um carro roubado na Rua Antônio Basílio. Os criminosos que estavam no veículo fugiram e atiraram contra os policiais. Houve troca de tiros ao longo de toda a perseguição. Por sorte, ninguém ficou ferido.

Os bandidos saíram da Tijuca e só foram parar em Vila Isabel, bairro próximo. O carro onde os criminosos estavam ficou completamente destruído com várias perfurações de balas. Os dois homens foram cercados pelos agentes e detidos. Um revólver foi apreendido com a dupla. O carro roubado foi recuperado.

Em nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar informou que “os policiais militares do 6ºBPM (Tijuca) estavam em patrulhamento quando se depararam com indivíduos em um carro indicado como produto de roubo na Rua Antônio Basílio, no bairro Tijuca, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Estes indivíduos ao avistarem a equipe policial iniciaram fuga e efetuaram disparos de arma de fogo contra os policiais, ocorrendo reação. Durante cerco ao local, dois indivíduos foram detidos e um revólver calibre 38 foi apreendido”.

4 CASOS DE VIOLÊNCIA EM 1 MÊS NA TIJUCA

Moradores do bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio, vivem um mês de violência. Em cerca de 30 dias, quatro casos foram registrados na região. O primeiro aconteceu no dia 11 de março, quando Willian Ferraz Do Carmo, de 26 anos, matou a facadas Gabriel Barbosa Leite, engenheiro de 34 anos, na Rua Conde de Bonfim, por volta das 1h da manhã. A vítima teria saído para comprar cigarros.

O assassino foi preso no dia 17 de março, em uma casa em Ramos, na Zona Norte do Rio, por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital. Ele afirmou que não sabia porque tinha escolhido Gabriel como vítima.

No dia 25 de março, mais uma vítima da violência na Tijuca. Carlos Alexandre Resende, de 40 anos, morreu durante um assalto na esquina da Rua Heitor Beltrão com a Rua São Francisco Xavier, por volta das 6h da manhã. Carlos ficou de buscar a mulher, Alessandra Moraes Luiz, na praça que fica ao lado da Igreja São Francisco Xavier, já que ela chegava de viagem.

A mulher da vítima reconheceu o marido pelo tênis, quando um vento passou e levantou a parte do saco que cobria o pé dele. “É o meu marido. É o meu marido”, disse Alessandra, aos prantos.

A Polícia ainda busca os criminosos que cometeram o latrocínio.

Uma outra tentativa de assalto aconteceu na madrugada do dia 28 de março. Os ladrões renderam o motorista de um carro de luxo e tentaram roubar o veículo, mas não conseguiram dar partida no carro por conta de um rastreador de segurança.

Na hora do crime, os bandidos foram surpreendidos por uma patrulha da Polícia Militar e começaram a disparar contra os agentes. A tentativa de assalto aconteceu na esquina entre a Rua Barão de Mesquita e Avenida Maracanã, a pouco metros O caso dos Batalhões do Exército e da Polícia Militar.

Os bandidos fugiram e a polícia continua analisando as imagens das câmeras de monitoramento e das redes sociais. Ninguém se feriu durante o confronto.

“A Tijuca sempre foi uma região violenta, fica no meio de tudo. Houve melhora na segurança nos últimos anos com o Tijuca Presente, mas a impressão que temos é que o policiamento diminuiu nos últimos meses. Agora eu olho sempre para trás e para os lados, peço motorista de aplicativo quando está muito tarde. A Tijuca à noite é muito deserta e isso contribui muito para o medo dos moradores”, disse Gabriel Ribeiro, morador da Tijuca.