
Um ônibus articulado do BRT pegou fogo na noite desta quarta-feira (07) em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. O incêndio se alastrou para o módulo expresso da estação Mato Alto, do corredor Transoeste. Ninguém ficou ferido. Segundo a Mobi-Rio, o módulo parador não foi danificado.
Passageiros que estavam no articulado pularam do ônibus quando o incêndio começou.
“O sinal fechou e a gente teve que pular. Eu nem sei como é que eu pulei porque eu tenho problema no joelho e é alto, só sei que pulei”, conta Fernanda Sampaio.
Devido ao incêndio, o embarque e desembarque na Estação Mato Alto estão sendo feitos no módulo parador, nesta quinta-feira (07). A Prefeitura também implementou um reforço do serviço “diretão” Mato Alto - Alvorada.
A linha SP 803, que vai de Bangu a Sulacap, na Zona Oeste, foi estendida até Campo Grande, sendo opção de integração para os usuários que vão do bairro à Barra da Tijuca e ao Recreio. A integração com o BRT Transolímpica passou a ser feita no Terminal Sulacap.
Operadores estão na estação para orientar os passageiros.
O QUE ACONTECEU
O Corpo de Bombeiros foi acionado para o incêndio por volta das 20h30 de quarta e o fogo foi controlado pouco depois das 23h. O prefeito Eduardo Paes acredita que o incêndio possa ter sido criminoso, como apontaram os laudos da perícia de outros dois casos de incêndio em articulados em abril.
"Nós vamos aguardar, obviamente, não quero ser leviano, mas diante dos fatos acontecidos anteriormente, comprovados pela perícia da Polícia, eu imagino que possa ter acontecido de novo", ponderou Paes. A Polícia Civil está investigando.
E AGORA?
A Mobi-Rio prevê que o módulo atingido pelo fogo nesta quarta seja reaberto em 15 dias. Até o segundo semestre de 2013, a Prefeitura prevê entregar obras para transformar cinco estações, entre elas a do Mato Alto em terminais de BRT, integrados com vans, ônibus e ciclovias.
O sistema de BRT enfrenta constantes problemas, desde sua inauguração. Há superlotação, falta de segurança e insuficiência de articulados, que com frequência são alvos de depredação e vandalismo. De 2017 a 2020, 56 estações foram fechadas e 316 ônibus saíram de circulação, de acordo com a Prefeitura.
* estagiária sob supervisão de Beatriz Duncan