Um idoso caiu de um ônibus da linha 112 nesta quarta-feira (14), na subida do viaduto Paulo de Frontin, no Rio Comprido, na Zona Norte do Rio, no sentido Zona Sul. Ele foi socorrido ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, e ainda não há informações sobre o estado de saúde dele
Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) lamentou o acidente e informou que vai reforçar, nesta quarta-feira (14), a fiscalização nos ônibus da linha 112, envolvida no acidente. A SMTR afirmou, também, que intensificou as vistorias nas garagens para verificar o estado de conservação dos veículos e os dispositivos de acessibilidade.
De acordo com a Secretaria, desde o início deste ano, mais de 500 ônibus foram autuados por irregularidades relacionadas ao estado de conservação da frota e problemas de acessibilidade.
Em novembro deste ano, um homem morreu após cair de um ônibus lotado em movimento no Centro do Rio. Charles da Conceição estava próximo à porta do coletivo e acabou caindo depois que o motorista fez uma curva acentuada. A vítima estava na linha Troncal 7, que vai da Central até Cosme Velho. Em depoimento, o motorista afirmou que a porta estava com defeito e que o ônibus estava muito cheio. Charles caiu do coletivo que subia o viaduto Santa Bárbara, no sentido Laranjeiras, na Zona Sul do Rio.
No mesmo mês, uma idosa também morreu depois de ser arremessada para fora do ônibus, que estava em movimento, da linha 783, que faz o trajeto Marechal Hermes x Praça Seca, em Vila Valqueire, na Zona Oeste do Rio. Maria da Glória tinha 69 anos.
As más condições dos ônibus no município do Rio de Janeiro são praticamente uma unanimidade para quem usa o transporte público diariamente. Ao todo, os veículos foram alvos de 5.304 reclamações, de janeiro a novembro deste ano, por consumidores que denunciaram através da central 1746.
“A condição dos ônibus está muito ruim no Rio. Até antes da pandemia já não era tão boa, mas depois piorou. Por um lado, as passagens não aumentaram tanto, mas a precariedade do transporte aumentou muito. Você tem problemas de infraestrutura, as máquinas estão antigas. E também segurança, de certa forma, a gente viaja mais tensa”, disse a química Andreia Machado, que pega o transporte para ir trabalhar.
*Sob supervisão de Natashi Franco