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Milícia que comanda o Rio das Pedras é presa em operação da Polícia Civil

Monitorados por dois meses, os criminosos foram presos por porte ilegal de armas e formação de milícia privada

Felipe de Moura (sob supervisão de Natashi Franco)

Seis pessoas foram presas em ação da Polícia Civil Divulgação/Polícia Civil
Divulgação/Polícia Civil

Oito pessoas foram presas pela Polícia Civil do Rio na noite desta quinta-feira (25) no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio. Entre os detidos está Fabiano Cordeiro Ferreira, vulgo "Mágico", que é considerado um dos chefes da milícia de Rio das Pedras. Ele já tinha mandados de prisão por participar de organização criminosa, praticar roubo e formar milícia privada.

Os outros cinco presos são Rodrigo Bastos Morais, conhecido como Digão, Daniel Cristinho, o Buiú, João Henrique Pedro da Silva, vulgo Pézão, Irlan Andrade dos Santos e Marcos Alves de Souza. A milícia foi mapeada e monitorada por mais de dois meses pela Polícia Civil. A operação foi facilitada pelo projeto Cidade Integrada, que ocupou a Muzema, favela também dominada por milicianos na Zona Oeste, no dia 19 de janeiro.

"O berço da milícia no Rio de Janeiro foi o Rio das Pedras. Quando o Programa Cidade Integrada escolhe a Muzema como o primeiro território a ser retomado, obviamente a gente sabia que a Muzema é um pedaço dominado por Rio das Pedras. Era óbvio que a gente ia para dentro do Rio das Pedras para buscar a prisão dessa cúpula. Ontem, foi o fim de uma determinada ação. Para a gente, é uma rotina que se tornou no governo Cláudio castro, a prisão de miliciano. Nenhum criminoso se sente seguro no Rio de Janeiro de ser miliciano", disse o secretário da Polícia Civil, Allan Turnowski.

Na operação, foram apreendidos três armas de fogo, diversas munições, três motocicletas, uma caminhonete blindada, cadernos contendo anotações de contabilidade do grupo criminoso e um rádio transmissor. Os criminosos ainda tentaram fugir, mas foram presos pelos agentes.

"As investigações continuam, são investigações perenes. Estamos fazendo com que as gerações não continuem na vida do crime. Hoje, há um incentivo claro para que elas não sigam. Temos quebrar o ciclo vicioso e transformar no ciclo virtuoso", comentou o governador do Rio Cláudio Castro.