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FALTA DE REMÉDIOS: 134 medicamentos estão esgotados ou com baixo estoque no Rio

Estados como São Paulo, Bahia e Minas Gerais também registraram falta

Beatriz Duncan

Estados como São Paulo, Bahia e Minas Gerais também enfrentam escassez
Estados como São Paulo, Bahia e Minas Gerais também enfrentam escassez
Agência Brasil

Cento e trinta e quatro medicamentos estão esgotados ou com baixo estoque em farmácias do estado do Rio. O dado é do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio. De acordo com o grupo, um dos principais motivos é a guerra na Ucrânia e o mais recente lockdown na China, por conta da Covid-19. A escassez já afeta inclusive urgências e emergências de hospitais.

“A escassez de medicamentos como antibióticos, analgésicos, algumas soluções salinas e anestésicos ela é uma realidade em hospitais privados e públicos do estado do Rio de Janeiro. Isso se deve à uma maior utilização desses itens durante a pandemia. Esse ano nós temos diversas viroses que impactaram o sistema de saúde e a utilização desses itens. Para combinar nós temos a guerra, o que diminui a importação de matéria prima necessária para a fabricação desses medicamentos”, explica o diretor da Associação de Hospitais Particulares do Rio, Graccho Alvim.

A falta dos remédios impacta não só a saúde do fluminense, mas também o bolso. Por conta da alta procura e baixa oferta, quando os medicamentos são encontrados, eles tem um valor mais alto do que o normal de mercado, até mesmo nas compras online.

O mecânico Luis Carlos Fernandes da Silva precisou passar por 15 farmácias diferentes para encontrar Amoxilina para o filho de seis anos. E

"194 reais. (Paguei) quase 200 reais por um único vidro, por uma única remessa desse remédio. Encontrei uma única caixa há 15km (de casa) que dura cinco dias, sendo que meu filho precisa tomar 10 dias. Eu não vou deixar isso barato”, relata.

Para além do Rio, estados como São Paulo, Bahia e Minas Gerais também enfrentam dificuldades com os estoques de medicamentos.