Moradores da Baixada Fluminense sofrem com o sumiço de ônibus

Empresas culpam crise econômica e não dão prazo pra volta de linhas

Beatriz Duncan (sob supervisão)

A linha fazia parte de uma extensão da viação Reprodução/TV Bandeirantes
A linha fazia parte de uma extensão da viação
Reprodução/TV Bandeirantes

Já são quase dois meses saindo cedo do trabalho para poder chegar em casa. Alguns precisam até dormir fora. Essa é a realidade de passageiros que dependem da linha Queimados x Rio D'Ouro da viação Fazeni, na Baixada Fluminense. Desde julho deste ano, o ônibus que fazia esse trajeto parou de circular no último horário de 22h30, atendendo apenas até às 20h30.  
Na época da suspensão, a reportagem da TV Band Rio conversou com passageiros impactados pelas mudanças. Eles reclamam da falta de comunicação da empresa.

"Desde julho nada mudou. Não melhorou nada. Eles não deram nenhum posicionamento depois da matéria", afirma Nilceia, uma das passageiras da linha Queimados x Rio D'Ouro que está saindo mais cedo do trabalho para conseguir chegar em casa.

Segundo a Fazeni, essa linha fazia parte de um projeto de extensão da viação que atendia Queimados x Jaceruba, mas por conta da crise econômica, agravada pela pandemia e pela falta de passageiros, cortes foram necessários. Em nota, a Fazeni afirmou ainda que o trajeto circulava com ônibus extras. Ainda não há previsão para reestabelecimento da linha.

Confira a nota na íntegra

A Fazeni Transportes esclarece que continua sendo impactada pela maior crise econômica que atinge o setor de transporte público no Rio de Janeiro. Dezoito meses depois, a empresa ainda não recuperou o volume de passageiros do período anterior à pandemia de Covid-19, o que está inviabilizando a operação de transporte de passageiros. No caso da linha Queimados x Rio D'Ouro, o serviço era realizado com ônibus extras, em um trajeto variante dentro da linha Queimados x Jaceruba, que contempla a região de Rio D'Ouro. Os ônibus extras na linha Queimados x Rio D'Ouro vinham circulando com um número muito reduzido de usuários, com recorrência de assaltos e em uma região com infraestrutura viária precária, com estrada sem asfalto.