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Motorista de aplicativo é investigado por intolerância religiosa no Rio

Quatro pessoas de uma mesma família estariam indo para um terreno de candomblé com roupas que representavam a sua fé. O condutor foi até o local, mas, quando viu, não aceitou que elas entrassem no carro

Júlia Zanon*

Motorista de aplicativo é investigado por intolerância religiosa no Rio
Reprodução

Uma família acusa um motorista de aplicativo de intolerância religiosa por recusar levar duas mulheres e duas crianças para um terreno de candomblé. O caso aconteceu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no último final de semana, e vai ser investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (decradi).

Câmeras de segurança flagraram o momento em que elas tentam entrar no carro, mas logo saem do veículo. As imagens serão analisadas pela Policia Civil.

"Ele se recusou a levar a gente. Eu perguntei por que, mas ele só repetiu que não ia deixar a gente entrar. Eu pedi para ele cancelar a corrida, porque a gente havia pago pelo aplicativo no cartão e ele foi extremamente grosseiro, falando para eu me virar com a Uber", disse Taís Fraga, uma das mulheres envolvidas no caso.

A Polícia Civil afirmou que a família vai ser ouvida novamente e tenta encontrar o motorista para que ele preste depoimento.

Em nota, a Uber afirmou que não tolera qualquer forma de discriminação e desativou temporariamente a conta do suspeito.

*Sob supervisão de Helena Vieira